Em um cenário onde a Inteligência Artificial virou buzzword, algumas empresas decidiram seguir por um caminho menos glamouroso, porém muito mais transformador. O painel “IA sem hype” no VTEX Day 2025 mostrou que quem realmente colhe resultados com IA é quem preparou o terreno antes. Magalu, RD Saúde e uma análise aprofundada sobre o comportamento da Geração Z trouxeram lições valiosas sobre o futuro do varejo.
Como dissemos no artigo Visualize, ver os dados é fácil, entender o negócio é outra história.
A trajetória da Magalu é um reflexo disso. Ainda quando falar de IA era algo distante da realidade, a empresa deu um passo ousado ao criar a Lu, sua assistente virtual. Mais do que um personagem simpático, ela foi o ponto de partida para uma mudança profunda: a migração de uma operação centrada em loja física para um ecossistema de dados estruturado e inteligente.
Falar de IA sem dados estruturados é como tentar montar um quebra-cabeça com as peças ainda na caixa.
De operação para inteligência
Fred Trajano compartilhou como essa transformação só foi possível porque a empresa decidiu, antes de tudo, conectar os dados e integrar as áreas. Não existe IA útil quando cada time trabalha com uma versão diferente da realidade.
Esse mesmo raciocínio foi reforçado por Marcilio Pousada, da RD Saúde. Hoje, a rede conta com mais de 100 inteligências artificiais em operação, atuando desde abastecimento até comunicação com o cliente. Mas nenhuma delas existiria sem uma base bem estruturada, construída com consistência e visão de longo prazo.
Como reforçamos no artigo Conecte, dados desconectados geram esforço. Dados conectados geram ação. Quando a operação é integrada, as decisões deixam de ser baseadas em feeling e passam a ser orientadas por inteligência real.
A geração Z não é leal a marcas. Ela é leal ao valor real, à autenticidade e à utilidade do agora.
O comportamento como dado vivo
A conversa entre o antropólogo Michel Alcoforado e Monica Lamarca, da Kenner, foi um dos momentos mais provocativos do evento. O tema central foi o impacto da geração Z na força de trabalho e no ecossistema de consumo. A geração Z viu os desafios dos millennials de perto. Por isso, adotou um olhar mais pragmático sobre o presente. Para ela, diplomas não bastam. Experiência isolada também não. O que importa é o talento, a entrega real e o propósito claro.
Essa geração está menos preocupada com pertencer a uma marca e mais interessada em atributos que funcionam, produtos que fazem sentido e marcas que sabem se posicionar com autenticidade.
Um exemplo disso é o crescimento do TikTok Shop. Segundo dados da XP, a plataforma pode representar de 5% a 9% do e-commerce brasileiro até 2028, com potencial de movimentar até R$ 39 bilhões. A Geração Z transformou o entretenimento em vitrine e o conteúdo em canal de conversão. Ela não separa mais o que vê do que consome. E para acompanhá-la, é preciso entender comportamento como um dado vivo.
Além disso, a relação com influenciadores mudou. Não basta postar. É preciso prever reações, entender o sentimento gerado e lidar com as consequências da exposição. O engajamento pode vir tanto do amor quanto das críticas. O que vale é o impacto real.
IA, comportamento e contexto
O que une Magalu, RD Saúde e a Geração Z é a capacidade de se mover com contexto. Nenhuma dessas histórias funciona de forma isolada. A IA sem dados é barulho. O consumidor sem compreensão vira ruído. O dado sem conexão gera trabalho, mas não resultado.
Como mostramos em todos os nossos artigos, desde o Conecte até o Analise, o que transforma a operação é a combinação de estrutura, inteligência e ação.
Conecte-se com o que realmente importa
Se a sua operação ainda parece fragmentada, se os times trabalham com dados diferentes e a IA parece mais promessa do que prática, talvez o primeiro passo seja o mais simples e mais ignorado: conectar.
Conheça agora o Conecte, o primeiro passo da jornada da Biso para transformar dados soltos em decisões inteligentes. Entenda como unificar suas fontes, integrar áreas e preparar sua empresa para um futuro onde IA, comportamento e performance andam juntos.
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